Postagem em destaque

Síntese entre morte e vida se perfila a nova existência. Silo 1959

Desperta já universo! Não ouves rugir ao homem nos abismos? Desgarra os espaços e contempla como dirige o fogo  e cavalga ao fur...

quarta-feira, 31 de março de 2010

Partido da Não violência organiza campanha contra a violência econômica no Brasil.


O PHI-Brasil (Partido Humanista Internacional), esta participando da campanha contra a violência econômica organizando diversas atividades em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife.
O PHI Brasil faz parte de uma federação Internacional de Partidos Humanistas que tem como ponto fundamental de sua ação a metodologia da Não violência.
A campanha que vai até o dia 23/05/10 e tem como ponto inicial a denuncia da violência econômica que tem sua origem na ditadura do capital financeiro internacional, que absorve os lucros empresariais e os deriva para a especulação e a usura (agiotagem institucional).
Serão organizadas atividades como abaixo-assinados, painéis e atos de rua.

No dia 30/04 ( 1 dia antes do dia do Trabalho) também esta marcada uma intervenção simultânea em várias capitais.

A campanha esta aberta a todas as pessoas e organizações queiram construir propostas e denunciar essa mecânica nefasta que endivida as pessoas, as empresas e os governos e que faz aumentar a pobreza, a marginalização, o desemprego e a fome no nosso país.

Mais informações no site do Partido Humanista Internacional do Brasil www.ph.org.br
Material da ideológico da campanha contra a violência econômica.


PROPOSTAS PARA ACABAR COM A VIOLÊNCIA ECONÔMICA


O PROBLEMA
A violência econômica tem sua origem na ditadura do capital financeiro internacional, que absorve os lucros empresariais e os deriva para a especulação e a usura (agiotagem institucional). Esta mecânica nefasta, por uma parte impede que os lucros sejam reinvestidos no circuito produtivo, o que iria gerar mais fontes de trabalho, e por outra parte utiliza esses fundos para endividar as pessoas, as empresas e os governos, que devem trabalhar para pagar os juros das dívidas.

Neste círculo vicioso os lucros do setor especulativo se acumulam cada vez mais, enquanto os setores produtivos, os governos e as pessoas se endividam cada vez mais. E a única maneira de manter os níveis de consumo e crescimento é em base ao endividamento exponencial, assentado sobre “bolhas” que depois, estouram em crises recorrentes. É indubitável que esta mecânica irracional leva o mundo para um abismo, porque não permite saída.

A atual crise é uma amostra a mais, mas não é a única, nem será a última, e cada vez serão piores, enquanto não se acabe com a agiotagem e a especulação.

Algumas das manifestações mais evidentes e conflitivas desta mecânica irracional são:

A dívida externa dos países, cujos juros exorbitantes constituem uma verdadeira sangria para os orçamentos públicos, obrigando a limitar o gasto em saúde, educação, previdência social, e outras prioridades.
A dívida interna dos Estados, que muitas vezes corresponde à administração corrupta, gera custos aos Estados em juros exorbitantes, em detrimento de programas sociais.
O aumento do desemprego e da marginalização como consequência do insuficiente investimento produtivo.
O crescente endividamento dos trabalhadores para ter acesso aos bens e serviços necessários.
O exponencial aumento da pobreza no mundo, e o crescimento da distância entre ricos e pobres.
O desenraizamento e a discriminação sofrida por quem migra em busca de trabalho, em um mundo que facilita a circulação do capital e limita a das pessoas.
O aumento do preço dos alimentos provocado pela intervenção especulativa dos mercados e a falta de investimento produtivo.
A manipulação da subjetividade e da opinião pública, através dos meios de difusão massiva, dirigidos pelo poder econômico para desinformar, em função de seus interesses.



PROPOSTAS PARA UMA SAÍDA

Tal como se expressa no “Documento Humanista” (Silo, 1993), “O lucro que não cria novas fontes de trabalho, deriva para a especulação financeira. Por conseguinte, a luta dos trabalhadores tem de dirigir-se a obrigar o capital a seu máximo rendimento produtivo. Mas, isso não poderá se implementar a menos que a gestão e a direção sejam compartilhadas…Os humanistas sentem a necessidade de atuar não somente no campo trabalhista mas também no campo político para impedir que o Estado seja um instrumento do capital financeiro mundial, para alcançar que a relação entre os fatores de produção seja justa e para devolver a sociedade sua autonomia arrebatada”.

Não podemos seguir esperando que esta e as futuras crises se solucionem enquanto não se resolva a raiz do problema. E isso não se alcançará enquanto os governos sigam destinando recursos para sustentar um sistema financeiro que nos esgota, em lugar de destiná-los ao bem-estar das pessoas. Tampouco se alcançará enquanto os governos não efetuem as transformações profundas no sistema econômico, seja porque são cúmplices do poder econômico ou porque o temem. E tampouco se alcançará enquanto a desinformação dos meios de comunicação convença as populações de que nada se pode fazer e de que este sistema é perfeito.

De modo que é hora de começar a exigir algumas coisas:
Fim da “agiotagem institucional” (usura). Criação em todos os países de um Banco Estatal sem Juros que substitua os bancos privados.
Estabelecer que nenhuma dívida pendente, nem das pessoas, nem das empresas, nem dos governos, gerará juros.
Reformas tributárias que imponham taxas elevadas às empresas que não investem seus lucros em novas fontes de trabalho.
Que os Estados destinem a renda gerada pelo terceiro ponto, e a poupança gerada pelo segundo ponto, ao melhoramento da saúde e educação públicas e ao financiamento de investimentos produtivos.
Reforma trabalhista estabelecendo a participação dos trabalhadores nos lucros e nas decisões das empresas, na garantia de uma melhor distribuição de renda e do reinvestimento produtivo.
Restringir a livre circulação dos capitais especulativos entre os países e liberar a circulação das pessoas.
Garantir o acesso de toda a população do mundo à cesta básica de alimentos. Que os Estados regulem os preços dos alimentos básicos.
Desarticular todo tipo de monopólios e oligopólios, e em particular os dos meios de difusão, garantindo o direito à informação não manipulada.