AlienAção e CoisificAção
Silo
A partir da Revolução Industrial reconhecemos no Ocidente, o
inicio do processo de coisificação do homem, que tem suas raízes na crise geral
da cultura Ocidental que se produziu com o Renascimento.
O processo de coisificação começou a aparecer de forma precisa
na organização da fábrica do século XIX. O trabalhador, progressivamente
privado da sua condição humana, alienado em seu trabalho e considerado apêndice
da máquina. Pouco a pouco se assimila o trabalhador à mercadoria, se dando uma
progressiva materialização do homem.
Com o tempo a organização da fábrica se estende a toda a
sociedade: o homem se assimila a uma máquina cuja função é produzir e consumir
objetos.
Se entende ao homem só em base ao conceito de utilidade, próprio
das coisas. Desde este momento podemos dizer que se impõe a visão materialista
do mundo, à qual corresponde uma progressiva perda de valor do ser humano.
Discussão com a ideologia imperante:
Esta ideologia do “homem UTI” se tem imposto fazendo crer que
não há outra ideologia e que ela a sua vez não é uma ideologia, senão que é a “realidade
mesma”. E qual é esta realidade¿ É a de produzir e consumir objetos e serviços.
Este mundo objetal provisório aonde o homem é um objeto entre
objetos determina também um comportamento aonde as pessoas se tratam
objetalmente enquanto creem tratar com “as coisas e a realidade”.
O dinheiro como valor central:
Esta visão pragmática do mundo afirma que é mais importante o
conceito de “o útil” que o conceito de verdade. Se trata de deixar o terreno
das ideias e a razão para ir ao terreno dos fator, “cientificamente comprovados”
o qual deixa de lado toda dimensão humana.
Outra consequência da chamada Revolução industrial europeia foi
que com a industrialização mecanizada se substitui a ideia de “ser” pela ideia
de “ter”: ter propriedades, ter títulos, ter e descartar.
Esta valoração de “ter” faz cobrar suma importância ao dinheiro
como meio que permite aumentar o poder.
Em síntese se tem desumanizado o trabalho, se te desumanizado a
economia e todo o mundo social.
O intento realizado pelo marxismo não alcançou restaurar essa
dimensão humana nos estados socialistas.
O capitalismo de Adam Smith, por sua parte, tem levado a outros
estados à situação atual.
Localizar o Ser Humano no lugar que o corresponde
Eis aqui o desafio histórico: a mudança retumbante de direção e
o inaugurar novos caminhos políticos, sociais e culturais que dão sentido de
futuro a toda a humanidade.
Nesta emergência, como noutras anteriores, o humanismo dá
resposta a fim de organizar as relações sociais desde e para o ser humano.
É urgente, neste momento, realocar adequadamente as prioridades
e por o desenvolvimento científico e tecnológico ao serviço do homem e
transformar o sistema social oprimente em que vivemos em um sistema liberador
que possibilita a superação desta crise em sua raiz.
A saída desta crise e a superação de mundo e de um ser humano
coisificados, estão na correta colocação mental no futuro não violento,
solidário e construtivo.
Colocar ao ser humano como valor central é querer um mundo em
que esse valor assuma o status de substituto do homem mercadoria, do homem
consumidor produtor.
Colocar ao ser humano como valor central é querer sair da pré-história,
produzindo uma ruptura temporal e entrar na história verdadeira e calidamente
humana; é querer uma nova sociedade em qual não se sente freio ou controle, senão
a total incapacidade de exercer qualquer violência da pré-história.
Colocar ao ser humano como valor central é construir um mundo no
qual se elimine socialmente a possibilidade de exercício de poder do homem
sobre o homem, para exercê-lo unicamente sobre a natureza.
As condições políticas
A este nível deveríamos definir minimamente as relações
trabalhistas, o rol do Estado, o projeto econômico, o sistema de relações
humanas e de participação social.
O humanismo surge em uma sociedade não discriminatória, onde
questões econômicas, culturais e religiosas deixam de ser fatores de divisão de
grupos humanos, mas a liberdade mais ampla de expressão de ideias e modos de vida
não desaparece por causa delas, e onde o princípio da opção entre alternativas
é uma realidade para toda a população.
Não há real liberdade em responsabilidade sem participação nos
mecanismos de decisão.
A dialética geracional é um tema a considerar porque o sentir do
povo difere de geração em geração e as atitudes das gerações definem em grande
medida o processo social e histórico.
Por outra parte a necessidade de âmbitos de participação faz
cenceber uma sociedade com organizações de base amplas e inseridas dentro de
mecanismos e canais de expressão a níveis mais globais.
A descentralização do poder político, econômico e informativo
garantirá a participação real e com sentido.
Na concepção humanista o Estado é coordenador em vez de
centralizador de poder.
Hoje o Estado, concebido como “natureza da sociedade”, é o
centro da concentração, ampliação e conservação da opressão. Seja do signo
político que seja.
Não é fácil imaginar o que estamos propondo, já que os modelos
impostos pelas atuais forças mundiais são contrários ao conceito humanista que
busca gerar o modelo desde a base, com fé, em que só a real participação e
capacidade de decisão de um povo organizado e livre dará a resposta à crise.
Finalmente a descentralização do poder econômico é possível ao
liquidar a possessão da propriedade privada sobre os meios de produção que devem
estar as mãos dos povos.
Interessa o cooperativismo e os sistemas de autogestão, em base
aos quais os centros de produção ganham autonomia, autorregulação e autossuficiência
e os trabalhadores Têm o meio de produção em suas mãos com o exercício da
administração, planificação e expansão dos mesmos.
O cooperativismo devolve o poder ao povo porque está devolvendo
o poder político ao transpassar o poder econômico.
ALIENACION Y COSIFICACION. SILO.
A partir de la Revolución Industrial reconocemos, en Occidente,
el inicio del proceso de cosificación del hombre, que tiene sus raíces en la
crisis general de la cultura Occidental que se produjo con el Renacimiento.
El proceso de cosificación empezó a aparecer de forma precisa en
la organización de la fabrica del siglo XIX. El obrero progresivamente privado
de su condición humana, alienado en su trabajo y considerado apéndice de la
máquina. Poco a poco se asimila el obrero a la mercancía, dándose una
progresiva materialización del hombre.
Con el tiempo la organización de la fábrica se extiende a toda
la sociedad: el hombre se asimila a una máquina cuya función es producir y
consumir objetos.
Se entiende al hombre sólo en base al concepto de utilidad,
propio de las cosas. Desde este momento podemos decir que se impone la visión
materialista del mundo, a la cual corresponde una progresiva perdida del valor
del ser humano.
Discusión con la ideología imperante:
Esta ideología del "hombre útil" se ha impuesto
haciendo creer que no hay otras ideologías y que ella a su vez no es una
ideología sino que es la "realidad misma". ¨Y cual es esta realidad?
Es la de producir y consumir objetos y servicios.
Este mundo objetal provisorio en donde el hombre es un objeto
entre objetos determina también un comportamiento donde las personas se tratan
objetalmente mientras creer tratar con "las cosas y la realidad".
El dinero como valor central:
Esta visión pragmática del mundo afirma que es más importante el
concepto de "lo útil" que el concepto de verdad. Se trata de dejar el
terreno de las ideas y la razón, para ir al terreno de los hechos,
"científicamente comprobables" lo cual deja de lado toda dimensión
humana.
Otra consecuencia de la llamada Revolución Industrial europea
fue que con la industrialización mecanizada se reemplaza la idea de
"ser" por la idea de "tener": tener propiedades, tener
títulos, tener y descartar.
Esta valoración de "tener" hace cobrar suma
importancia al dinero como medio que permite aumentar el poder.
En síntesis se ha deshumanizado el trabajo, se ha deshumanizado
la economía y todo el mundo social.
El intento realizado por el marxismo no alcanzó restaurar esa
dimensión humana en los estados socialistas.
El capitalismo de Adam Smith, por su parte, ha llevado a los
otros estados a la situación actual.
Ubicar al Ser Humano en el lugar que le corresponde
He aquí el reto histórico: el cambio rotundo de dirección y el
inaugurar nuevos caminos políticos, sociales y culturales que den sentido de
futuro a toda la humanidad.
En esta emergencia, como en otras anteriores, el humanismo da
respuesta a fin de organizar las relaciones sociales desde y para el ser
humano.
Es urgente en este momento reubicar adecuadamente las prioridades
y poner el desarrollo científico y tecnológico al servicio del hombre y
transformar el sistema social oprimente en que vivimos en un sistema liberador
que posibilita la superación de esta crisis en su raíz.
La salida de esta crisis y la superación de mundo y de un ser
humano cosificados, está en el correcto emplazamiento mental en un futuro no
violento, solidario y constructivo.
Ubicar al ser humano como valor central es querer un mundo en el
que este valor cobre categoría de tal en reemplazo del hombre mercancía, del
hombre productor consumidor.
Ubicar al ser humano como valor central es querer salir de la
prehistoria, produciendo una ruptura temporal y entrar en la historia verdadera
y cálidamente humana; es querer una nueva sociedad en que no se siente el freno
o el control, sino la total incapacidad de ejercer cualquier violencia de la
prehistoria.
Ubicar al ser humano como valor central es construir un mundo en
el que se elimine socialmente la posibilidad del ejercicio de poder del hombre
sobre el hombre, para ejercerlo únicamente sobre la naturaleza.
Las condiciones políticas
A este nivel deberíamos definir mínimamente las relaciones
laborales, el rol del estado, el proyecto económico, el sistema de relaciones
humanas y de participación social.
El humanismo se plantea en una sociedad no discriminatoria,
donde las cuestiones económicas, culturales y religiosas dejen de ser factores
de división de grupos humanos, pero no por ellos desaparezca la libertad más
amplia de expresión de ideas y formas de vida, y donde el principio de opción
entre alternativas sea una realidad para toda la población.
No hay real libertad ni responsabilidad sin participación en los
mecanismos de decisión.
La dialéctica generacional es un tema a considerar porque el
sentir del pueblo difiere de generación en generación y las actitudes de las
generaciones definen en gran medida el proceso social e histórico.
Por otra parte la necesidad de ámbitos de participación hace
concebir una sociedad con organizaciones de base amplias e insertas dentro de
mecanismos y canales de expresión a niveles más globales.
La descentralización del poder político, económico e informativo
garantiza la participación real y con sentido.
En la concepción humanista el Estado es coordinador en lugar de
centralizador de poder.
Hoy el Estado, concebido como "naturaleza de la
sociedad", es el centro de la concentración, ampliación y conservación de
la opresión, sea del signo político que sea.
No es fácil imaginar lo que estamos proponiendo, ya que los
modelos impuestos por las actuales fuerzas mundiales son contrarios al concepto
humanista que busca generar el modelo desde la base, con fe‚ en que solo la
real participación y capacidad de decisión de un pueblo organizado y libre dará
la respuesta a la crisis.
Finalmente la descentralización del poder económico es posible
al liquidar la posesión de la propiedad privada sobre los medios de producción
que deben estar en manos del pueblo.
Interesa el cooperativismo y los sistemas de autogestión, en
base a los cuales los centros de producción ganan en autonomía, autorregulación
y autosuficiencia y los trabajadores tienen el medio de producción en sus manos
con ejercicio de la administración, planificación y expansión de los mismos.
El
cooperativismo devuelve el poder al pueblo porque está devolviendo el poder
político al traspasar el poder económico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário